Recentemente, o Parlamento da União Europeia aprovou uma lei histórica que proíbe a comercialização de produtos agrícolas produzidos em áreas desmatadas. Inicialmente, 07 produtos, incluindo café e soja, estão na mira da regulamentação. E como isso impacta os diversos setores brasileiros?
Com o mercado europeu representando 50% das exportações desses produtos e 60% das exportações de derivados de soja, a lei acelera o compromisso com o meio ambiente e demarca, mais uma vez, a importância de produzir com responsabilidade ambiental. O grande objetivo da lei é combater o desmatamento, responsável por 10% das emissões globais de gases de efeito estufa, grande impulsionador das crises climáticas.
Apesar de significar um avanço positivo, a lei esbarra em questões já levantadas pelo setor agrícola brasileiro. Uma delas é direcionada ao nosso código penal, que permite que 80% seja desmatado, deixando apenas 20% para reserva ambiental. Quando falamos em região amazônica, a conta se inverte.
Independente das possíveis revisões e flexibilizações da lei direcionadas ao Brasil, é importante reforçar que a rastreabilidade do desmatamento e o cuidado com as cadeias produtivas já é uma realidade, por exemplo, para a indústria do café.
Visto que a lei já têm prazo de vigência, mais do que nunca, é tempo de alinhar, adaptar e tornar a toda a cadeia de produção sustentável e rastreável. Assim, além de cumprir com as novas leis, criaremos um sistema de indústrias que também colabora com a sustentabilidade do planeta.
Fique atento às mudanças:
Fonte: Capital Reset