Pedras naturais na construção civil pode contribuir para a sustentabilidade do planeta

Com menor potencial de aquecimento global, as pedras naturais são uma alternativa sustentável aos pisos de cerâmica, laminados ou madeira. ES é referência

Qual o material utilizado no piso da sua casa? E na decoração ou no piso da empresa em que você trabalha? A pergunta pode parecer irrelevante, mas é extremamente importante se considerarmos os prejuízos que a construção civil provoca ao meio ambiente. A indústria da construção contribui muito para as emissões globais de CO2 e para o consumo de energia, por isso os produtos utilizados nas obras devem ter o menor impacto ambiental possível. E é nessa hora que as pedras naturais surgem como grandes aliadas do setor.

Um estudo recente, realizado pela Deutscher Naturwerkstein-Verband eV (DNV), da Alemanha, mostrou que os pisos produzidos com pedra natural causam um impacto ambiental significativamente menor em sua produção, instalação e uso do que cerâmicas de grande formato, PVC, laminados e pisos de madeira. Materiais como o carpete, por exemplo, tem um potencial de impacto no aquecimento global (relativo à emissão de CO2) que é 20 vezes maior que as pedras naturais.

O estudo alemão reforça a importância das construções serem sustentáveis. Mas de acordo com Luana Romero, diretora executiva do Instituto Ideias, é necessário considerar também fatores como o consumo de energia elétrica e o transporte.

“É preciso compreender que o beneficiamento das rochas ornamentais demanda um alto consumo de energia elétrica, o que resulta na emissão de CO2, sendo de extrema relevância para o setor a adoção de fontes de energia renováveis para a diminuição da pegada de carbono na produção. Além disso, o transporte até as principais áreas de escoamento, visando o mercado internacional, é realizado principalmente pelo modal rodoviário, sendo importante promover infraestruturas que atendam o setor com modais alternativos e menos poluentes”, alerta.

ES é referência mundial

O Espírito Santo é referência mundial na produção de rochas ornamentais, o que torna mais fácil o caminho para os capixabas se tornarem destaque também em construções sustentáveis.

“Quanto mais próximo a produção estiver do consumo, melhor. Isso evita a emissão de CO2, como é o caso de aumentar o consumo das rochas ornamentais pela população capixaba, visto que o Estado tem uma grande representatividade nesse setor”, afirma Luana.

Um exemplo de construção sustentável é a unidade do Senac Serra, primeiro edifício do Espírito Santo a conquistar certificação internacional LEED Platinum na área de sustentabilidade. Como destaque na produção de rochas ornamentais, outras iniciativas como essa podem acontecer se as empresas capixabas adotarem medidas ESG – de governança ambiental, social e corporativa.

“Importante também a adoção de práticas ambientais adequadas, de acordo com a regulação presente no setor, para que o Espírito Santo possa se consolidar como um ator importante na cadeia de fornecimento das construções sustentáveis que cresce à níveis exponenciais”, conclui a diretora executiva do Ideias.