
Segundo publicado pelo Instituto Trata Brasil, a maioria das capitais brasileiras está distante do investimento ideal para universalizar o saneamento.
Para que 99% da população tenha acesso à água potável e 90% conte com coleta e tratamento de esgoto até 2033 — como estabelece o Novo Marco Legal do Saneamento — será necessário realizar investimentos expressivos em infraestrutura em todo o país. No entanto, apesar da urgência e da importância dessa meta, ela ainda parece distante, especialmente em diversas regiões com menor cobertura de serviços básicos.
De acordo com estimativas do PLANSAB (Plano Nacional de Saneamento Básico), o investimento médio anual necessário para alcançar a universalização dos serviços de saneamento é de aproximadamente R$ 231,09 por habitante. No entanto, na prática, as capitais brasileiras vêm aplicando valores bem inferiores. Em média, o investimento anual tem sido de apenas R$ 136,31 por habitante — ou seja, um montante significativamente abaixo do ideal para garantir a expansão e a qualidade dos serviços.
Em outras palavras, o ritmo atual dos investimentos ainda está longe de acompanhar as exigências previstas pela legislação. Portanto, para que os objetivos estabelecidos sejam de fato alcançados, será fundamental aumentar os aportes financeiros, planejar ações integradas e priorizar políticas públicas voltadas à universalização do saneamento básico.
Saneamento Básico x Infância
A falta de saneamento básico afeta gravemente a vida da população, especialmente durante a infância. Doenças relacionadas à ausência desse serviço são essenciais para comprometer o desenvolvimento infantil, afetando tanto o desempenho escolar quanto as perspectivas econômicas futuras. Segundo o UNICEF, cerca de 28,8 milhões de crianças e adolescentes vivem em pobreza multidimensional, incluindo renda, educação, saneamento, moradia e proteção infantil.
Uma análise do Instituto Trata Brasil sobre os impactos da ausência de saneamento na infância, mostra que a intensidade desses problemas varia entre as fases da vida.
Na primeira infância, os problemas de saúde são predominantemente e direcionados diretamente ao aprendizado. Já na segunda infância, as dificuldades educacionais se intensificaram, superando os impactos na saúde. Na adolescência, o acesso à educação e ao trabalho é desafiador, e o saneamento impacta: jovens sem acesso ganham 46,1% menos na vida adulta.
A falta de acesso à água potável e ao saneamento básico na infância e adolescência contribui para a manutenção do subdesenvolvimento. Universalizar esses serviços é fundamental para oferecer a crianças e jovens mais saúde, bem-estar, lazer, qualidade de vida e oportunidades reais de desenvolvimento e futuro.
Investir significativamente em saneamento básico promove desenvolvimento sustentável, melhora a qualidade de vida da população e fortalece a economia local de forma duradoura e eficaz. Para isso, é fundamental que os municípios priorizem essa área, adotando planos e estratégias que modernizem a infraestrutura e ampliem o acesso da população.
O Ideias atua fortemente junto a concessisonárias de saneamento. Conheça a nossa atuação no segmento AQUI!