Nos últimos anos, o conceito de negócios de impacto social ganhou força no Brasil e no mundo. Trata-se de empresas que, além de gerar lucro, têm como objetivo central resolver problemas sociais e ambientais, criando soluções que melhoram a vida das pessoas e preservam o planeta. Esse modelo desafia a lógica tradicional de que o setor privado só existe para gerar retorno financeiro aos seus acionistas.
De acordo com o Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, publicado pela Pipe.Social em 2023, o Brasil já possui mais de 1.400 empresas de impacto mapeadas, atuando em áreas como educação, saúde, habitação, gestão de resíduos, energia renovável e inclusão financeira. O mercado, que antes parecia de nicho, movimenta hoje bilhões de reais e vem atraindo cada vez mais investidores interessados em aliar rentabilidade e propósito.
O potencial de crescimento é enorme. Estudo do Global Impact Investing Network (GIIN) aponta que o mercado global de investimentos de impacto já ultrapassa US$ 1,1 trilhão em ativos sob gestão. No Brasil, esse movimento vem sendo impulsionado por fundos especializados, aceleradoras e até grandes corporações que começam a apoiar startups com foco em impacto socioambiental.
Essas empresas não apenas oferecem soluções inovadoras, como também fortalecem comunidades vulneráveis e contribuem para reduzir desigualdades. Um exemplo é o avanço das fintechs voltadas à inclusão financeira, que oferecem crédito e serviços a populações antes excluídas do sistema bancário tradicional. Outro caso é o crescimento de negócios que transformam resíduos sólidos em novos produtos, promovendo a economia circular.
Mais do que uma tendência, os negócios de impacto representam uma nova forma de pensar a economia: uma que entende que crescimento e propósito não se excluem, mas podem caminhar juntos. Para o Ideias, esse é um dos caminhos mais promissores para criar um futuro sustentável e justo, onde o setor privado desempenha papel ativo na transformação social.
