No mundo atual, marcado por excessos de produção, descarte acelerado e desigualdades profundas, o consumo consciente surge como uma resposta ética e estratégica. Mais do que uma tendência, trata-se de um novo olhar para o que compramos, por que compramos, como usamos e para onde destinamos o que já não serve. É repensar o consumo como ato político, ambiental e social — e não apenas econômico.

Esse conceito ganha cada vez mais espaço no Brasil. De acordo com dados recentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 94% dos brasileiros já adotam hábitos de consumo mais conscientes. Mais da metade da população, aproximadamente 58%, afirma valorizar selos e certificações socioambientais como critério de escolha. A preocupação com o meio ambiente também cresceu de forma expressiva: uma pesquisa da Bain & Company de 2025 revelou que 78% dos brasileiros estão apreensivos com os impactos das mudanças climáticas. Essa inquietação se transforma em ação, seja repensando o que se compra, reduzindo desperdícios ou exigindo mais responsabilidade das empresas.

Outro dado relevante é que a Geração X (nascidos entre 1965 e 1980) é a que mais se engaja com práticas sustentáveis no dia a dia, como levar sacolas reutilizáveis e optar por produtos duráveis, enquanto as mulheres demonstram maior atenção à origem e impacto dos itens que consomem. Esses movimentos mostram que o consumo consciente está longe de ser um tema restrito aos jovens ou ativistas ambientais: ele atravessa gerações e perfis sociais diversos.
Mas não se trata de parar de consumir. Trata-se de consumir melhor. Avaliar a real necessidade de uma compra, dar preferência a produtos duráveis, reutilizáveis e com menor impacto ambiental, valorizar marcas que respeitam direitos humanos e a natureza — essas são ações simples, mas com grande poder de transformação. E tudo começa com informação.

A diretora do Ideias, Maísa Porto, resume bem esse espírito ao afirmar:

“No Ideias, acreditamos que cada escolha de consumo é também um ato de cidadania. Ao optar por produtos mais responsáveis, ao informar-se sobre impactos e ao exigir transparência das empresas, o consumidor fortalece a transformação social. Nosso papel é inspirar e facilitar esse caminho — não como imposição, mas como convite à consciência coletiva.”

É por isso que, no Ideias, trabalhamos com produção e curadoria de conteúdos educativos, incentivamos práticas de economia circular, promovemos parcerias com negócios de impacto positivo e apoiamos políticas públicas que favoreçam escolhas sustentáveis. Sabemos que não basta orientar indivíduos — é preciso influenciar empresas e governos para que o consumo consciente seja uma possibilidade real para todas as pessoas, independentemente de sua renda ou região.

A data de 15 de outubro, instituída como o Dia do Consumo Consciente no Brasil, marca um momento simbólico para refletir sobre nossos hábitos e compromissos. Criado em 2009 pelo Ministério do Meio Ambiente, o dia chama a atenção para os efeitos do consumo exagerado e para a importância de mudar nossa relação com os recursos naturais. Ainda que essa mudança não se dê de forma imediata ou perfeita, o mais importante é começar.

O consumo consciente é, acima de tudo, um convite à responsabilidade compartilhada. Um ato de cuidado com o planeta, com as próximas gerações e com as pessoas que fazem parte de toda a cadeia de produção. Quando feito de forma coletiva e contínua, ele pode mudar não só o mercado, mas também a cultura e a sociedade.

Se você já começou essa transformação, siga em frente. Se ainda não, o Ideias está aqui para caminhar com você.

IDEIAS FORM: transformando dados em decisões sustentáveis

Plataforma de Inteligência Socioambiental com foco em Stakeholders e Indicadores.  

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