Nos últimos anos, o protagonismo da juventude nas lutas socioambientais ganhou um novo canal poderoso: as redes sociais. Plataformas como Instagram, TikTok, Twitter e YouTube têm sido espaços de mobilização, denúncia e construção de narrativas transformadoras, colocando o Brasil na vanguarda do ativismo digital global.

Em 2025, dados do Instituto DataFolha indicam que mais de 78% dos jovens entre 16 e 29 anos acompanham e participam ativamente de causas ambientais e sociais via internet. Essa nova geração combina criatividade, tecnologia e engajamento para pressionar governos, empresas e a sociedade a adotarem práticas mais justas e sustentáveis.

Juventude, redes e justiça socioambiental

O ativismo digital jovem não se limita à divulgação de informações. Ele é um instrumento de:

  • Educação popular, com vídeos, podcasts e memes que traduzem temas complexos em linguagem acessível;

  • Organização de protestos virtuais e presenciais, como greves climáticas e marchas antirracistas;

  • Apoio mútuo e fortalecimento de redes, conectando comunidades urbanas, rurais, indígenas e quilombolas;

  • Incidência política, com campanhas para políticas públicas de clima, direitos humanos e combate à desigualdade.

Essas ações potencializam a justiça socioambiental, conceito que reconhece a relação direta entre desigualdade social e degradação ambiental.

Dados e tendências do ativismo digital jovem no Brasil

Segundo o relatório “Juventude e Tecnologia para a Transformação Social” (2024), produzido pela Fundação Tide Setubal e parceiros, o Brasil é o país da América Latina com maior número de jovens ativistas digitais. Além disso:

  • 64% desses jovens afirmam que a luta contra as mudanças climáticas é sua principal causa;

  • 57% estão engajados em iniciativas que envolvem direitos de povos tradicionais;

  • O uso das redes para mobilizar coletivos e comunidades aumentou em 48% entre 2022 e 2025.

Essa dinâmica tem fortalecido o debate sobre sustentabilidade, diversidade e inclusão nas agendas públicas e privadas.

Desafios e caminhos para o futuro

Apesar do avanço, o ativismo digital jovem enfrenta obstáculos como:

  • Ciberataques, desinformação e violência virtual;

  • Acesso desigual à internet e tecnologia;

  • Dificuldade de traduzir engajamento virtual em mudanças concretas no território.

Para superar esses desafios, é fundamental fortalecer políticas públicas de inclusão digital, educação crítica e proteção aos direitos digitais, além de ampliar o diálogo intergeracional.

A luta por justiça socioambiental no Brasil e no mundo passa pela energia, criatividade e compromisso dos jovens conectados. O ativismo digital é uma ferramenta vital para ampliar vozes, construir alianças e garantir que a transição ecológica seja também uma revolução social.

O Ideias celebra e apoia essa nova geração que resiste, cria e transforma — conectando para transformar o presente e o futuro.

IDEIAS FORM: transformando dados em decisões sustentáveis

Plataforma de Inteligência Socioambiental com foco em Stakeholders e Indicadores.  

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