Órgãos internacionais destinam bilhões para projetos socioambientais, e a proximidade da COP30 coloca o Brasil no centro das atenções globais

Com a COP30 marcada para 2025 em Belém (PA), o Brasil estará no centro das atenções da agenda climática mundial. Além das negociações políticas, o evento deve atrair investidores e financiadores em busca de projetos capazes de unir desenvolvimento econômico, preservação ambiental e inclusão social.

Instituições como o Banco Mundial e o IDB Invest já reservam bilhões de dólares para esse tipo de iniciativa. No entanto, no Brasil, o desafio não é apenas conseguir o dinheiro, mas transformar esses recursos em mudanças concretas.

“Existe uma distância entre a agenda global e a realidade local. Para que o investimento faça sentido, é preciso traduzir normas e padrões internacionais para o contexto brasileiro, conciliando exigências socioambientais com as necessidades de cada território”, explica Luana Romero, especialista em políticas socioambientais e diretora-executiva do Ideias.

Os setores que mais têm buscado esse tipo de financiamento no Brasil incluem mineração, energia, saneamento, mobilidade urbana, infraestrutura e indústria de base.

O que as empresas precisam fazer

Para acessar esses recursos, não basta apresentar um projeto tecnicamente viável. É necessário comprovar, com evidências e documentos, que o empreendimento seguirá cumprindo os requisitos exigidos pelos financiadores. Isso inclui:

  • Políticas internas compatíveis com padrões ambientais e sociais internacionais;
  • Mecanismos de consulta e participação das comunidades afetadas;
  • Planos de gestão de impactos ambientais e sociais;
  • Transparência e governança alinhadas às diretrizes globais.

Luana Romero explica que quando uma empresa obtém financiamento de um organismo internacional, ela assume compromissos que vão além do cronograma e do orçamento. “Cumprir esses padrões não é burocracia: é o que garante que o impacto seja positivo e duradouro”.

De acordo com a especialista o segredo é não enxergar as exigências como barreiras, mas como parte da estrutura do projeto. “Quando a adequação é feita de forma antecipada, desde o desenho da proposta, é muito mais fácil garantir a aprovação e executar o trabalho de forma alinhada às expectativas dos financiadores e das comunidades”, explica.

Alguns requisitos para conseguir recursos internacionais:

  1. Diagnóstico inicial – Avaliar se o projeto atende aos objetivos de desenvolvimento sustentável e aos critérios técnicos do financiador.
  2. Ajuste de processos – Criar ou adaptar políticas ambientais e sociais para atender às salvaguardas.
  3. Engajamento de stakeholders – Estabelecer diálogo estruturado com comunidades, órgãos públicos e parceiros.
  4. Documentação e comprovação – Elaborar relatórios e planos de gestão ambiental e social conforme exigências.
  5. Monitoramento e reporte — Manter acompanhamento contínuo do projeto, enviando atualizações periódicas aos financiadores.

“Esse roteiro não é um obstáculo, é um mapa. Quando a empresa segue cada etapa com consistência, aumenta suas chances de captar recursos e, mais importante, de transformar o investimento em impacto real para o território. Com a COP30 acontecendo no Brasil, essa é uma oportunidade única de mostrar ao mundo que o país pode liderar projetos socioambientais de referência”, conclui Luana Romero, diretora-executiva do Ideias.

IDEIAS FORM: transformando dados em decisões sustentáveis

Plataforma de Inteligência Socioambiental com foco em Stakeholders e Indicadores.  

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