Dando continuidade a avaliação dos riscos à violência baseada em gênero, o Ideias esteve em Ribas do Rio Pardo (MS), para realizar um amplo diagnóstico, com base nas percepções e experiências dos públicos sobre o tema, dentro e fora da empresa. Para isso, foram feitas pesquisas quantitativa e qualitativa com metodologia e abordagens apropriadas a cada público, sendo:

  • Entrevistas com gestores das áreas internas da empresa, representantes do poder público e atores locais;

  • Grupos focais com colaboradoras da empresa (internas e prestadoras de serviço);

  • Pesquisa quantitativa por meio de formulário online voltada para os colaboradores internos da empresa.

A avaliação de riscos à violência baseada em gênero é uma etapa crucial na construção de respostas eficazes à violência que atinge de forma desproporcional mulheres, meninas, pessoas LGBTQIAPN+ e outras populações em situação de vulnerabilidade. Além de um procedimento técnico, trata-se de um instrumento ético e político que visa garantir a integridade, a dignidade e os direitos fundamentais das pessoas afetadas.

Essa avaliação tem como principal objetivo identificar sinais de perigo iminente, padrões de violência recorrente e contextos que aumentam a exposição ao risco — como isolamento social, dependência econômica, histórico de agressões, controle sobre a mobilidade ou a comunicação, entre outros fatores.

Ao compreender essas dinâmicas, é possível orientar decisões mais seguras, tanto para as pessoas em situação de risco quanto para os profissionais e instituições envolvidas no atendimento.

Sobretudo, é importante destacar que uma avaliação de risco deve sempre ser realizada com base em princípios como confidencialidade, escuta qualificada e não revitimização. O foco não está em julgar comportamentos, mas em compreender o contexto, respeitando o tempo, a voz e a autonomia da pessoa atendida.

Em contextos comunitários, institucionais ou territoriais, a avaliação também pode contribuir para ações preventivas mais efetivas, como o mapeamento de áreas com maior incidência de violência e o fortalecimento de políticas públicas integradas.

Portanto, avaliar riscos à violência baseada em gênero não é apenas um protocolo: é um compromisso com a vida, a justiça e a equidade. É reconhecer que proteger é também ouvir, acreditar, acolher e agir com responsabilidade diante de uma realidade que precisa mudar.

 

IDEIAS FORM: transformando dados em decisões sustentáveis

Plataforma de Inteligência Socioambiental com foco em Stakeholders e Indicadores.  

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