Descubra como o acesso à água transforma a vida de pessoas em mais de 893 localidades em todo o Brasil
O acesso à água potável é um direito fundamental e um fator essencial para o desenvolvimento humano, econômico e ambiental. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, garantir que todas as comunidades tenham esse recurso vital continua sendo um grande desafio. No entanto, iniciativas de saneamento têm transformado a vida de milhões de pessoas em mais de 893 localidades pelo país.
O Instituto Trata Brasil possui uma plataforma de indicadores para dar mais transparência aos dados de saneamento básico, assim como da ausência de banheiros no Brasil. O Painel Saneamento Brasil disponibiliza informações à níveis regionais, estaduais, regiões metropolitanas e municípios. Quer saber a porcentagem de domicílios na sua cidade sem acesso a um banheiro?
Acesse o Painel do Saneamento e confira os dados por localidade no Brasil.
O controle eficiente de perdas de água é um dos grandes desafios do Brasil na área de infraestrutura de saneamento. Atualmente, mais de 32 milhões de brasileiros não têm acesso ao recurso hídrico, enquanto um volume equivalente a 7,6 mil piscinas olímpicas de água tratada é desperdiçado diariamente, de acordo com um estudo do Instituto Trata Brasil.
As perdas de água ocorrem no processo de abastecimento devido a vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados. O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), através da Portaria 490/2021, estabelece que o nível aceitável de perdas na distribuição deve ser de, no máximo, 25%. Porém, a média nacional é de 37,8%, indicando que uma parte significativa do recurso é perdida nos sistemas de distribuição antes de chegar às residências.
Sete estados brasileiros gastam mais da metade da água produzida: Amapá (AP), Acre (AC), Rondônia (RO), Roraima (RR), Sergipe (SE), Maranhão (MA) e Amazonas (AM). Desses, cinco pertencem à região Norte e dois ao Nordeste, áreas que enfrentam os maiores desafios e desigualdades nos serviços de saneamento básico. Os dados mais recentes, referentes ao ano-base 2022, foram disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico.
A água potável não apenas reduz doenças de veiculação hídrica, como diarréia e infecções intestinais, mas também melhora a nutrição, a higiene e a dignidade das populações. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada dólar investido em saneamento gera um retorno de até 5,5 dólares em saúde pública e produtividade.
Crianças que antes sofriam com doenças relacionadas à falta de saneamento têm melhores condições de frequentar a escola regularmente. Mulheres, que muitas vezes são responsáveis por buscar água em longas distâncias, ganham mais tempo para o trabalho e o desenvolvimento pessoal. A economia local também se fortalece, uma vez que o fornecimento confiável de água impulsiona a agricultura e o comércio.
Diversos programas e parcerias entre governos, ONGs e empresas privadas têm sido fundamentais para levar água tratada a áreas remotas e vulneráveis. Entre as iniciativas de sucesso, destacam-se:
Apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água potável de forma regular. Para mudar essa realidade, é essencial fortalecer políticas públicas, garantir investimentos contínuos e fomentar parcerias entre setores público e privado.
O acesso à água potável transforma vidas, impulsiona o desenvolvimento e garante um futuro mais digno e saudável para todos. O Brasil tem o potencial de alcançar a universalização do saneamento, e cada iniciativa implementada nos aproxima dessa meta.
Fonte: Instituto Trata Brasil
Você também pode gostar de ler um conteúdo exclusivo produzido pela nossa equipe…
Saneamento também é uma questão de gênero