Mais de mil lideranças globais, de 37 países, estiveram conectadas durante os três dias do Horasis Global Meeting, um dos maiores fóruns mundiais de ESG, inovação, sustentabilidade e governança, realizado pela primeira vez na América Latina. O encontro realizado entre os dias 25 e 27 de outubro, colocou o Espírito Santo como a capital do ESG no Brasil e serviu de ponte para projetos futuros.
Frank-Jürgen Richter, fundador do Horasis, celebrou o potencial de novos negócios e parcerias: “Esse talvez seja o melhor evento de todos – as pessoas estão conectadas, formando uma verdadeira comunidade que une o espírito brasileiro ao internacional. Espero estar aqui novamente ano que vem”, declarou, ao reforçar a possibilidade de fazer novos encontros globais e também regionais, com a China e a Índia, por exemplo, no Espírito Santo.
Ainda segundo Richter, o tema “Construindo Pontes para o Futuro” foi considerado apropriado para o momento atual, marcado por desigualdades e divisões globais. “Vivemos um cenário global de transformação e de atenção, com as eleições nos EUA e as tensões no Oriente Médio e na Ucrânia”, adiantou ele.
Painel sobre ESG e capitalismo no Horasis Global Meeting
A agenda ESG – sigla para Environmental, Social and Governance, já tem seus pilares sendo avaliados como critério de risco pelo mercado financeiro na hora de se liberar empréstimo ou fazer investimento.
O tema foi tratado na plenária Modelando um Capitalismo Favorável a ESG, que contou com a participação da diretora executiva do Ideias, Luana Romero. A conversa foi mediada por Priyam Gandhi-Mody, colunista e estrategista de comunicação política, da Índia, e contou também com a presença do secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Edmar Camata e do presidente do Instituto Aegea, Edison Carlos.
Luana Romero destacou que hoje o ESG é um bônus, mas amanhã pode ser exatamente a chave do acesso ao capital. Ao integrar ESG, o capitalismo evolui para uma abordagem que busca não apenas a rentabilidade financeira, mas também a criação de valor a longo prazo, equilibrando o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e o bem-estar social.
Para o presidente do Instituto Aegea, a agenda ESG está sendo puxada pelo mercado e leva para o mundo preocupações que existiam antes, mas não eram cobradas pelo mundo financeiro para o compromisso. Edmar Camata falou sobre a importância de os Estados também voltarem sua atenção para o tema do clima e dos pilares do ESG, destacando que o Espírito Santo foi o primeiro a realizar um inventários dos projetos relacionados a essa agenda e dos objetivos do desenvolvimento sustentável.
Centro global e negócios
Além de debates sobre o ESG, o Horasis Global Meeting serviu de palco para a conexão de novos negócios, com a aproximação de executivos e lideranças com o governo e também com empresas.
Paul Clements-Hunt, conhecido por ter coordenado a equipe da Organização das Nações Unidas (ONU) que criou o conceito ESG, destacou que há fundos no mundo com recursos e que procuram oportunidades de investimentos, principalmente em questões relacionadas ao meio ambiente, à governança e ao social. “Com a segurança jurídica e organização, o Espírito Santo seria o local ideal para criar as bases de um centro global de discussão e geração de negócios. O Estado é politicamente estável, tem uma visão ESG, tem um plano de 500 anos, e a comunidade empresarial aqui é muito empreendedora. Acredito que pode vir a ser um modelo, não só para outros estados no Brasil, mas para outras províncias ao redor do mundo”.
O Horasis Global Meeting é uma apresentação da Apex, Sicoob e Cesan, com realização do ES em Ação, Findes/Cindes e Horasis, com patrocínio do Banestes, ArcelorMittal, Vale, Bandes, CNI, ES Gás, Fetransportes, Grupo Águia Branca, Marca Ambiental e Suzano; e apoio de Allemand, Espírito Madeira, Portocel, GVBus e Governo do Estado.
Fonte: Governo do Estado do Espírito Santo, AGazeta.